terça-feira, 7 de julho de 2009

Atchim

Depois do furacão chamado monografia, da "previsão" de morte do Michael Jackson e do alívio de ter conseguido terminar a graduação, volto a escrever neste humilde blog. Poderia muito bem ter voltado contando sobre todo o processo de produção da revista sobre videoclipe que fiz. Mas aí eu teria que entrar na história do Rei do Pop. Mas venhamos e convenhamos... apesar de gostarmos muito dele, já estamos de saco cheio de tudo isso. Quem sabe daqui a alguns dias. E para voltar a viver em sociedade, nada melhor do que começar indo aos shows do Festival de Inverno de Brasília e deixar minha opinião aqui. Não fui todos os dias, não tirei fotos e muito menos anotei todas as músicas que os artistas tocaram. Mas me dou o direito de dizer o que achei.

Na sexta, Biquini Cavadão, Lulu Santos e Ultraje a Rigor. Da primeira banda, gostei de "Quanto tempo demora um mês?". Não sei, mas acho que a Lua Cheia contribuiu muito. Lulu Santos... Lulu Santos é bom, mas acho que de tanto escutar o acústico acabei enjoando e achei o show um tanto quanto "mesma batida que nunca muda". Não me empolguei como achei que empolgaria. Na minha opinião, só o Ultraje mesmo conseguiu animar, apesar de eu não conhecer as letras de muitas canções. Talvez seja por isso que gostei tanto.

E um parênteses: (entre Lulu e Ultraje, a banda Satisfaction deu um show, literalmente)

Sábado não pude ir. Perdi Jorge Ben Jor e Serjão Loroza. Não queria ver Fundo de Quintal mesmo. E, domingo, NANDO REIS e Jota Quest. Esses eu não poderia perder.

Entretanto... Já fui a quatro shows do Nandinho (sim, gosto de chamá-lo assim) e esse não foi um dos melhores. Apesar de ter gostado das músicas novas, fiquei decepcionada por ele não ter tocado "Dessa vez" e "Mantra". Além disso, ele estava rouco e toda hora pedia para que o público cantasse. Não gosto quando os cantores usam esse recurso. O público nunca entra em harmonia e a música fica toda bagunçada. Mas tá... "All star" e "N" salvaram a noite. E Nando é Nando e não abro mão. Mesmo com alguns problemas, o show não deixou de ser memorável.

Não fiquei até o final do show do J. Quest. Mas foi uma hora de show que valeu a pena esperar. Apesar de achar que seria um show bem monónoto, gostei do que vi e ouvi. Deve ser porque nunca tinha ido ao show deles. Mas cantar "O que eu também não entendo", "Mais uma vez" e "O Sol" foi bem legal e bem parecido quando canto no banheiro: sem preocupação nenhuma com que os outros estão ouvindo. Eles souberam animar os brasilienses, às 23 horas de um domingo.
Enfim, críticas finais: o festival deveria voltar à hípica (lá a muvuca é menor); a tenda eletrônica poderia ser maior (apesar de o festival não ter a intenção de ser uma rave); e acho que os seguranças poderiam fazer uma segurança melhor, ou sei lá quem poderia ser, porque inalar mais de cinco vezes gás de pimenta não é nada legal.

Apesar de tudo isso ter resultado em vários "Atchins", bem parecidos com os da propaganda do festival, espero que Nando Reis continue sendo o artista que participou de todas as edições e que o governador invente o Festival de Verão de Brasília também.

Um comentário:

Joceline Gomes disse...

Eu fui apenas no primeiro dia. Não cheguei a tempo do Biquini Cavadão, mas cheguei a tempo de ver o "banheiro" com poças de coisas que não pareciam água, com filas em espiral, e mulheres agachadas em quatro cantos enquanto suas amigas faziam "paredes". Como se ninguém estivesse vendo. Vi o Lulu Santos e sua frieza técnica não dar boa noite e querer cabeça de quem fez o áudio estourar no meio da música. Vi a banda Satisfaction tocar Rage Against The Machine e me enlouquecer de tanto pular. Balancei tanto a cabeça que meu pescoço tá doendo até hoje. Vi o Ultraje a Rigor com microfonia e simplicidade agitar aquele Festival, que até então estava tão frio quanto o inverno. Enfim, Ultraje me surpreendeu, e foi tudo que valeu a pena pra mim.